Nietzsche e a igualdade da justiça

Autores

  • Bruno Amaro Lacerda UFJF

Palavras-chave:

Nietzsche, Justiça, Igualdade

Resumo

Este artigo tem por objetivo expor a concepção de justiça de Friedrich Nietzsche. Para o pensador alemão, a decadência da civilização ocidental, expressa na anulação dos homens e dos povos mais fortes em benefício dos mais fracos, teve como responsável direto o cristianismo e sua falsa noção de igualdade. A religião do amor ao próximo, em sua visão, atuou historicamente enfraquecendo o poder, a força e as hierarquias sociais para pôr em seu lugar a ideia da igualdade universal, cuja consequência político- jurídica foi o nascimento dos “direitos iguais”, o mais claro sintoma de uma “moral de escravos” que não permite que ninguém se destaque no mundo. Para Nietzsche, urge deixar de lado essa falsa igualdade e adotar a “moral superior” do livre curso da potência, dos impulsos dionisíacos, de modo a encaminhar o homem em direção ao futuro, ao novo homem ou Super homem. Esta investigação, partindo do problema das relações entre o justo e o igual nos escritos nietzschianos, conclui que sua teoria da justiça não se baseia na paridade, mas na desigualdade e na imposição.

Biografia do Autor

Bruno Amaro Lacerda, UFJF

Doutor e Mestre em Filosofia do Direito pela UFMG. Professor Associado II da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Área de atuação: Filosofia do Direito, com ênfase em Teoria da Justiça. É sub-chefe do DPFEP e professor colaborador do PPG em Filosofia da UFJF

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Publicado

2017-08-01

Como Citar

AMARO LACERDA, B. . Nietzsche e a igualdade da justiça. Revista da Faculdade de Direito do Sul de Minas, [S. l.], v. 33, n. 2, 2017. Disponível em: https://revista.fdsm.edu.br/index.php/revistafdsm/article/view/135. Acesso em: 21 nov. 2024.