Entre o nomológico, o monológico e o empírico: potencialidades e limites da pesquisa sociojurídica

Autores

  • Igor Suzano Machado UFES
  • Fernanda Busanello Ferreira UFG

Palavras-chave:

Pesquisa, Empírica, Jurídica, Sociologica

Resumo

Qual a contribuição que a sociologia tem dado e ainda pode dar à análise empírica do direito ou aos chamados estudos sociojurídicos? Para responder a esse questionamento, o presente artigo fará uma incursão em questões teóricas e metodológicas das ciências sociais, para então refletir acerca das potencialidades e limites de uma análise sociológica do fenômeno jurídico. Do ponto de vista de suas potencialidades, será ressaltado os ganhos em termos de conhecimentos empíricos cientificamente balizados, sem perder de vista as peculiaridades das ciências humanas. Do ponto de vista de seus limites, será ressaltada a dificuldade da sociologia empírica em lidar com algumas questões normativas incontornáveis na prática jurídica. As indagações a respeito das possibilidades de superação do vão entre a perspectiva interna da pesquisa jurídica (normativa) e a perspectiva externa da sociologia do direito (analítica) conduzem, por fim, a uma crítica à abordagem dos estudos sociojurídicos.

Biografia do Autor

Igor Suzano Machado, UFES

Possui bacharelado em Direito pela Faculdade de Direito de Vitória (2004), bacharelado e licenciatura em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Espírito Santo (2005), mestrado em Sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (2007) e Doutorado em Sociologia pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (2012), com estágio de doutorado no exterior, financiado pela CAPES, no departamento de Governo da Universidade de Essex, Reino Unido. Atualmente é Professor Adjunto II de Sociologia junto ao Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Espírito Santo. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia do Direito, atuando principalmente nos seguintes temas: direito, democracia, Constituição de 1988, jurisdição, judicialização da política e das relações sociais, teoria sociológica, teoria política e pensamento social e político brasileiro.

Fernanda Busanello Ferreira, UFG

Professora do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos (nível mestrado e doutorado) e da Faculdade de Direito da UFG. Realizou estágio pós-doutoral no Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos (PPGIDH/UFG) como Bolsista PNPD/CAPES. Doutora em Direito pela Universidade Federal do Paraná (2013) com período de pesquisas no exterior (doutorado sanduíche) na Universidad de Burgos (Espanha) e no Centro di Studi sul Rischio de Lecce (Unisalento/Itália). Foi Presidente do NDE e Vice-Coordenadora do Programa de Monitoria da FD/UFG. Foi professora pesquisadora por 7 (sete) anos na Unibrasil (PR) instituição na qual foi membro, por 5 anos, e vice-coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa. Foi também professora na Universidade Positivo (PR). É membro fundadora da ABRASD (Associação Brasileira dos Pesquisadores em Sociologia do Direito), pertencendo ao Conselho Consultivo da entidade. Docente em cursos superiores há mais de 13 (doze) anos nas seguintes áreas: direitos humanos, hermenêutica jurídica e direito constitucional. Pesquisa, principalmente, temas relacionados à atuação dos movimentos sociais na Comissão e Corte Interamericana de Direitos Humanos, participação popular e processos democráticos, ensino dos direitos humanos e fundamentos do direito constitucional.

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Publicado

2015-02-01

Como Citar

SUZANO MACHADO, I.; BUSANELLO FERREIRA, F. Entre o nomológico, o monológico e o empírico: potencialidades e limites da pesquisa sociojurídica. Revista da Faculdade de Direito do Sul de Minas, [S. l.], v. 31, n. 1, 2015. Disponível em: https://revista.fdsm.edu.br/index.php/revistafdsm/article/view/42. Acesso em: 3 dez. 2024.