EDUCAÇÃO BÁSICA PARA A CIDADANIA GLOBAL: APROXIMAÇÕES ENTRE AS PROPOSTAS DA UNESCO E A PRODUÇÃO LEGISLATIVA ESTADUAL DE SÃO PAULO DURANTE AS “OCUPAÇÕES SECUNDARISTAS”
Palavras-chave:
educação, cidadania global, UNESCO, projetos de lei, Assembleia Legislativa São PauloResumo
O artigo apresenta resultados de investigação realizada com o objetivo de aferir repercussões e similaridades entre o conteúdo propugnado pela UNESCO, à educação para a cidadania global (ECG), e projetos de lei sobre a educação básica, apresentados na Assembleia Legislativa de São Paulo – ALESP (2o semestre de 2015 e 2016). O recorte temporal remete a contexto em que a UNESCO direciona seu debate à ECG. No Brasil, na práxis da relação entre educação e democracia, vivemos a mobilização estudantil secundarista com a ocupação de escolas, começando pelo Estado de São Paulo. À pesquisa documental sobre a atuação do Poder Legislativo, soma-se a análise de conteúdo e a revisão bibliográfica. Como resultados e conclusão, a verificação de debate esvaziado e no âmbito da ALESP, em torno da educação e democracia, considerando a agenda internacional de direitos humanos e da movimentação protagonizada pelos estudantes.
Referências
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Trad. Luis A. Reto e Augusto Pinheiro. São Paulo: Edições 70, 2011.
CABRAL, Guilherme P.; ASSIS, Ana Elisa S. Q. Conteúdo normativo da educação para a democracia na perspectiva da UNESCO: um discurso apologético do discurso. Caderno de Relações Internacionais, Recife/PE, v. 09, no. 17, 2018.
CABRAL, Guilherme P. Educação na e para a democracia no Brasil: considerações a partir de J. Dewey e J. Habermas, Educação & Sociedade, Campinas, v. 37, n. 136, 2016.
CABRAL, Guilherme P. The 'Escola sem partido' (Non-partisan school) movement standpoints. Revista da Faculdade de Direitos do Sul de Minas, v. 35, 2019.
CABRAL, Guilherme P. Direito à educação do imigrante: considerações a partir da Lei de Migração no contexto de globalização do capitalismo. In: RAMOS, André C.; VEDOVATO, Luís R.; BAENINGER, Rosana (Org.). Nova Lei de Migração: os três primeiros anos. Campinas: UNICAMP/FADISP, 2020.
CAMPOS, Antonia M.; MEDEIRO, Jonas; RIBEIRO, Márcio M. Escolas de luta. São Paulo: Veneta, 2016.
COLIGAÇÃO “BRASIL ACIMA DE TUDO, DEUS ACIMA DE TODOS”. O caminho da prosperidade. Proposta de Plano de Governo. Brasília, 2018.
DAHL, Robert A. A Democratic Dilemma: System Effectiveness versus Citizen Participation. Political Science Quaterly, Vol. 109, n. 01, 1994.
DALLARI, D. A. Elementos de teoria geral do estado. 33ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
DA LUZ, C. K.; FERREIRA, G. S. A democracia diante do radicalismo conservador no início do século XXI. Revista de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, n. 1, 2020.
FILGUEIRAS, Juliana Miranda. The moral and civic education and its didactic production: 1969-1993. Dissertação (Mestrado em Educação) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo, 2006.
KOZICKI, K. & CHUEIRI, V. K. Impeachment: a arma nuclear constitucional. Lua Nova: Revista de Cultura e Política, (108), 2019.
LAVAL, C. de A escola não é uma empresa: o neoliberalismo em ataque ao ensino público. Trad. Mariana Echalar. São Paulo: Boitempo, 2019.
MORENO, Viviane T. L. Da Governança Global ao Movimento Secundarista em Campinas/SP: discursos sobre a educação para a democracia. Dissertação (Mestrado em Direito). Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Campinas, 2021.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS – ONU. Plano de Ação Programa Mundial para Educação em Direitos Humanos: Primeira Fase (2005-2007). Nova York/Genebra, 2006.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Alto Comissariado de Direitos Humanos. Comunicado OL BRA 04/2017. Genebra, 2017.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA – UNESCO. The International Congress on Education for Human Rights and Democracy (Human rights teaching. Vol. VIII). Paris: UNESCO, 1993.
UNESCO. Declaração e Plano de Ação Integrado sobre a Educação para a Paz, os Direitos Humanos e a Democracia. Brasília: UNESCO, 1995.
UNESCO. Educação para a cidadania global: preparando alunos para os desafios do século XXI. Brasília: UNESCO, 2015.
UNESCO. Educação para a cidadania global: tópicos e objetivos de aprendizagem. Brasília: UNESCO, 2016.
RIBEIRO, Rejane A.; PULINO, Lúcia Helena C. Z. Outubro, 2016, Brasil: as ocupações de escolas brasileiras da rede pública pelos secundaristas: contextualização e caracterização. Revista Psicologia Política, São Paulo, v. 19, no. 45, 2019.
TAVOLARI, Bianca; LESSA, Marília R.; MEDEIROS, Jonas; MELO, Rúrion; JANUÁRIO, Adriano. As ocupações de escolas públicas em São Paulo (2015–2016) Entre a posse e o direito à manifestação. Novos Estudos, CEBRAP, v. 37, no. 02, São Paulo, 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Direito do Sul de Minas

Este trabalho é licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 3.0 Unported License.
Na hipótese de aprovação e publicação do artigo submetido, os autores dos artigos/resenhas transferem totalmente os direitos autorais do artigo em favor da Revista da Faculdade de Direito do Sul de Minas, sem nenhuma restrição. Os autores garantem ainda a originalidade e exclusividade do artigo, e que não infringem qualquer direito autoral ou outro direito de propriedade de terceiros, e que não foi submetido à apreciação de outro periódico. A utilização de Chatbots como ChatGPT, Bert, Bloom, ChatSonic, Chincilla, Jasper Chat e qualquer outro tipo de Inteligência Artifical similar implica também em infração aos direitos autorais. A simples submissão do artigo para avaliação já implica na plena concordância deste termo de transferência dos direitos autorais.
A Revista da Faculdade de Direito do Sul de Minas obedece aos termos da licença Creative Commons 3.0., em que se pode
- Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato
- Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
Mas deve-se dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Isso deve ser feito em qualquer circunstância razoável.
Aviso!
A licença pode não lhe dar todas as autorizações necessárias para o uso pretendido, como por exemplo, outros direitos como direitos de imagem, de privacidade ou direitos morais, que podem limitar o uso do material.